Dobal sempre!

No começo de 1997, o prefeito Firmino Filho iniciava o seu primeiro mandato e eu era novamente secretário de Comunicação do município.

Levei para o prefeito a ideia da publicação da obra completa do poeta H. Dobal (poesia e prosa), que me fora apresentada pelo professor Cineas Santos.

O prefeito prontamente me autorizou a tocar o projeto. Eu já havia feito isso com outras publicações, nas gestões passadas, como ação auxiliar da Fundação Cultural Monsenhor Chaves, que já tocava muitos projetos culturais com poucos recursos.

O acordo com a Editora Corisco, através do professor Cineas Santos, foi o seguinte: a Prefeitura compraria uma quantidade de livro que desse para cobrir os custos da produção da obra.

Estes livros seriam distribuídos entre as bibliotecas do município e os demais a editora os colocaria à disposição do público, a preço popular.

Assim foi feito. O primeiro volume (Poesia) saiu em agosto, no aniversário da cidade. O segundo (Prosa) foi publicado em 1999. Ambos com apresentação do prefeito.

Há alguns anos, o publicitário George Mendes publicou, através da Plug, a segunda edição da obra completa do poeta.

Uma nova edição

A primeira edição da Obra Completa de H. Dobal, cuidadosamente organizada por Cineas Santos, foi a única que o poeta teve o prazer de folhear. Ele faleceu em 22 de maio de 2008.

Recordei essa história outro dia ao professor Cineas, na passagem dos 13 anos do silêncio do poeta.

A Academia Piauiense de Letras, que tenho a honra de presidir, acaba de publicar outra edição da Obra Completa de Dobal (Poesia). É volume 104 da Coleção Centenário, a ser lançado neste segundo semestre.

A obra é composta dos livros “O Tempo Consequente” (1966); “As Formas Incompletas”; ‘O Dia Sem Presságios” (1970); “A Província Deserta”; “A Serra das Confusões” (1978); “A Cidade Substituída” (1978); “Os Signos e as Siglas” (1987) e “Ephemera” (1995).

Dobal sempre!