
Quem tem medo da Regina Sousa?
31 de março de 2022
Eleição para o Senado – quem vem lá!
24 de abril de 2022

As pesquisas de intenção de voto realizadas e publicadas até agora – e também o sentimento das ruas – indicam que duas candidaturas vão polarizar as atenções do eleitor piauiense na disputa pelo Governo do Estado: Rafael Fonteles (PT/MDB e aliados) e Silvio Mendes (União Brasil/Progressistas e aliados).
O que esperar dessas candidaturas? Rafael representa o grupo que desde 2002 não perde eleição para o Governo no Piauí. É um candidato jovem, da segunda geração do PT, com experiência administrativa e virgem em eleição.
Silvio Mendes é tarimbado na política. No auge de seu desempenho como gestor público, renunciou ao mandato de prefeito da capital para concorrer ao governo, em 2010. Foi derrotado no segundo turno.
O que a eleição deste ano tem de diferente no Piauí é que, pela primeira vez, o PT apresenta um candidato sem a capilaridade de seu principal líder, Welington Dias, que já ganhou quatro eleições de governador no primeiro turno.
A outra novidade é que, pela primeira vez, depois de muito tempo, a oposição ao PT está bem articulada, tem um coordenador habilidoso em estratégia eleitoral e apresenta um candidato de peso ao governo.
O ministro Ciro Nogueira, comandante em chefe da campanha oposicionista, foi decisivo nas eleições majoritárias realizadas no Estado desde 2010. Não perdeu uma.
Reviravolta
Há, ainda, outro fenômeno a ser considerado: o Piauí, como as secas ou as enchentes, ciclicamente sopra os ventos da mudança, rompe o curso natural da política e opera reviravoltas radicais.
Foi assim em 1994, quando Mão Santa derrotou o candidato do governo, deputado federal Átila Lira (PFL), dado antecipadamente como eleito.
Foi assim também em 2002, quando Wellington derrotou o imbatível governador Hugo Napoleão.
As demais eleições apresentaram resultados indicados pelos prognósticos.
A campanha ainda está no começo. Como diria o ex-deputado Homero Castelo Branco, em ocasiões como esta, até o final de setembro muita água ainda vai rolar por baixo e – principalmente – por cima da ponte.
Se está muito cedo para antecipar um prognóstico sobre o resultado da eleição para governador, é tempo, contudo, para arriscar um palpite: o Piauí verá na campanha eleitoral deste ano um Fla-Flu como há tempos não assiste.