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Eleições 2022 no Piauí: vem aí um Fla-Flu!

Lançamento da candidatura de Rafael Fonteles
Lançamento da candidatura de Silvio Mendes.

As pesquisas de intenção de voto realizadas e publicadas até agora – e também o sentimento das ruas – indicam que duas candidaturas vão polarizar as atenções do eleitor piauiense na disputa pelo Governo do Estado: Rafael Fonteles (PT/MDB e aliados) e Silvio Mendes (União Brasil/Progressistas e aliados).

O que esperar dessas candidaturas? Rafael representa o grupo que desde 2002 não perde eleição para o Governo no Piauí. É um candidato jovem, da segunda geração do PT, com experiência administrativa e virgem em eleição.

Silvio Mendes é tarimbado na política. No auge de seu desempenho como gestor público, renunciou ao mandato de prefeito da capital para concorrer ao governo, em 2010. Foi derrotado no segundo turno.

O que a eleição deste ano tem de diferente no Piauí é que, pela primeira vez, o PT apresenta um candidato sem a capilaridade de seu principal líder, Welington Dias, que já ganhou quatro eleições de governador no primeiro turno.

A outra novidade é que, pela primeira vez, depois de muito tempo, a oposição ao PT está bem articulada, tem um coordenador habilidoso em estratégia eleitoral e apresenta um candidato de peso ao governo.

O ministro Ciro Nogueira, comandante em chefe da campanha oposicionista, foi decisivo nas eleições majoritárias realizadas no Estado desde 2010. Não perdeu uma.

Reviravolta

Há, ainda, outro fenômeno a ser considerado: o Piauí, como as secas ou as enchentes, ciclicamente sopra os ventos da mudança, rompe o curso natural da política e opera reviravoltas radicais.

Foi assim em 1994, quando Mão Santa derrotou o candidato do governo, deputado federal Átila Lira (PFL), dado antecipadamente como eleito.

Foi assim também em 2002, quando Wellington derrotou o imbatível governador Hugo Napoleão.

As demais eleições apresentaram resultados indicados pelos prognósticos.

A campanha ainda está no começo. Como diria o ex-deputado Homero Castelo Branco, em ocasiões como esta, até o final de setembro muita água ainda vai rolar por baixo e – principalmente – por cima da ponte.

Se está muito cedo para antecipar um prognóstico sobre o resultado da eleição para governador, é tempo, contudo, para arriscar um palpite: o Piauí verá na campanha eleitoral deste ano um Fla-Flu como há tempos não assiste.

2 Comments

  1. José Olímpio Leite de Castro disse:

    Em parte, você tem razão, mas apenas em parte.

    Depois de tantos anos de poder no Piauí, o PT sofre hoje de um mal que os especialistas chamam de “fadiga de material”, expressão comum na engenharia.

    A longa permanência em Karnak, sem obras de vultos para apresentar aos piauienses e com uma gestão pontuada por escândalos que vão desde as milionárias com a cozinha da sua Excelência até o caso das rachadinhas na contratação de transporte escolar pela Seduc, além outras peraltices em investigação pelos órgãos de controle e PF., não se pode dizer que o time do PT é competitivo a ponto de se classificar o jogo eleitoral como um Fla-Flu. Tá mais para um Flu x Bangu.

    Além de não ter obras importantes, o governo petista deixou muito a desejar na áreas de educação, saúde e segurança pública.

    Wellington Dias levantou dezenas de empréstimos em bancos nacionais e estrangeiros para obras de recuperação da malha rodoviária do Estado e para obras de saneamento que nunca saíram do papel.

    Passou mais de 10 anos reformando o acanhado Centro de Convenções de Teresina, com gravíssimas suspeitas de desvios de recursos públicos, para ao final entregar o empreendimento. Iniciativa privada.

    A única obra importante do governo petista nesse tempo todo, e que só foi iniciada após a morte de dezenas de parturientes e recém-nascidos, o que provocou a interdição ética da Maternidade pelo Conselho Regional de Medicina, em duas oportunidades, e grande pressão da imprensa e da opinião pública.

    Na Educação, o destaque fica por conta do não reajuste dos salários do magistério há mais de três anos e a apropriação indébita dos recursos dos precatórios do Fundeb, além, é claro, da Operação Topique.

    As dívidas do governo petistas para com os piauienses não podem ser esgotadas em um simples comentário. Fica aí o registro de apenas algumas delas.

  2. Albert Nunes de Carbalho disse:

    Bom.

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