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A Missão Ciro Nogueira

O senador Ciro Nogueira nas capas das revistas desta semana

A ida do senador Ciro Nogueira para a Casa Civil da Presidência da República é um ato político de múltiplos significados.

O primeiro deles indica que o presidente Jair Bolsonaro finalmente reconheceu que Brasília tem um pragmatismo político que vai muito além do besteirol das mídias sociais pelas quais se pauta.

Sem o parlamento nenhum presidente consegue governar. É assim desde a promulgação da Constituição de 1988.

Fernando Collor, do alto de sua juventude e impetuosidade, peitou o Congresso e se deu mal. Foi o primeiro presidente da história a sofrer impeachment.

Fernando Henrique Cardoso pôs a mão no ombro dos congressistas e ganhou a reeleição.

Ainda deputado federal, Lula andou gritando que o Congresso tinha 300 picaretas.   

Quando se sentou na cadeira presidencial, teve que engolir os 300 “picaretas” e outros mais para não ter o mesmo fim de Collor.

Dilma Rousseff não seguiu a lição do seu criador político, pagou pra ver e amargou o impeachment.

Foi o Congresso que tirou a corda do pescoço do presidente Michel Temer quando fizeram uma baita armação para derrubá-lo do poder.

A bola da vez

Bolsonaro é a bola da vez. Hoje há mais interessados em sua desgraça do que no sucesso do seu governo.

Assim, o presidente do Progressistas vai para a Esplanada dos Ministérios com a missão de procurar reduzir as tensões entre o Planalto e o Congresso e costurar a estabilidade do governo.

Este é o segundo motivo da ida de Ciro Nogueira para a Casa Civil, que, pelo que está posto, será repaginada.

No atual contexto, o presidente escolheu a pessoa certa para o lugar certo.

E só há um modo de o senador fracassar em sua missão: é se o presidente não lhe der cobertura.

Ciro Nogueira já provou e comprovou que entende do riscado.

Então, o governo amplia as suas chances de acertar o passo. Daí a reação à jogada de Bolsonaro.

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