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Cazé, o Cyro Campos que não vingou

Cazé na Difusora, em 1997

Cazé entrevista o prefeito Firmino Filho, na Difusora (1997). Ao fundo, empresário Antônio Machado/Imagem: Acervo pessoal

No começo de sua carreira profissional, em Teresina, Cazé formou dupla com Alexandre Carvalho (Cazé e Cazuza) na apresentação do programa “Almoçando na Roça”, na Rádio Clube de Teresina.

Daí o nasceu o apelido que ele carregou por toda a sua vida. O próprio Cazé contava essa história.

Ele foi batizado em São João dos Patos, Maranhão, como Raimundo Rosa de Sá. Seu padrinho era o famoso Capitão Fonseca, adversário ferrenho de Dona Noca na política local.

O programa “Almoçando na roça”, ao estilo caipira, foi criado para substituir o “Almanaquinho do Ar”, de Francisco Figueiredo de Mesquita, um irreverente radialista que depois entrou para a política.

Este programa era um fenômeno de audiência e foi tirado do ar pelos militares que assumiram o poder em abril de 1964.

Alexandre Carvalho, o Cazuza da dupla, se fez um grande nome da radiofonia piauiense. Era um midas especialmente na área de programação.

Assim, o “Almoçando na Roça” rapidamente alcançou a maior audiência do rádio no horário.

Um novo nome para Cazé

Pois bem! Quando eu ainda estava nos cueiros do jornalismo, em 1980, encontrei o jornalista Pompílio Santos em campanha aberta no jornal O DIA para mudar o nome profissional do Cazé.

Até então, o jornalista assinava suas reportagens e colunas apenas como Cazé.

Pompílio, um dos grandes da imprensa do Piauí, apesar de cearense, não gostava da assinatura do colega. Achava-a sem peso para um repórter político.

E, apontando os dotes artísticos de Cazé, também músico, queria que seu nome fosse grafado como Cyro Campos.

Cazé bateu pé e não aceitou a mudança do nome sugerido insistentemente por Pompílio Santos.

O jornalista Francisco Leal, editor-chefe do jornal O DIA, saiu em socorro do colega e, para livrá-lo desse aperreio, adotou o nome Raimundo Cazé para assinar os seus textos.

Grande Cazé! Grandes saudades!

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