Landim e o discurso que mudou a história
23 de maio de 2021Pelejando com o Cazé
6 de junho de 2021No começo de sua carreira profissional, em Teresina, Cazé formou dupla com Alexandre Carvalho (Cazé e Cazuza) na apresentação do programa “Almoçando na Roça”, na Rádio Clube de Teresina.
Daí o nasceu o apelido que ele carregou por toda a sua vida. O próprio Cazé contava essa história.
Ele foi batizado em São João dos Patos, Maranhão, como Raimundo Rosa de Sá. Seu padrinho era o famoso Capitão Fonseca, adversário ferrenho de Dona Noca na política local.
O programa “Almoçando na roça”, ao estilo caipira, foi criado para substituir o “Almanaquinho do Ar”, de Francisco Figueiredo de Mesquita, um irreverente radialista que depois entrou para a política.
Este programa era um fenômeno de audiência e foi tirado do ar pelos militares que assumiram o poder em abril de 1964.
Alexandre Carvalho, o Cazuza da dupla, se fez um grande nome da radiofonia piauiense. Era um midas especialmente na área de programação.
Assim, o “Almoçando na Roça” rapidamente alcançou a maior audiência do rádio no horário.
Um novo nome para Cazé
Pois bem! Quando eu ainda estava nos cueiros do jornalismo, em 1980, encontrei o jornalista Pompílio Santos em campanha aberta no jornal O DIA para mudar o nome profissional do Cazé.
Até então, o jornalista assinava suas reportagens e colunas apenas como Cazé.
Pompílio, um dos grandes da imprensa do Piauí, apesar de cearense, não gostava da assinatura do colega. Achava-a sem peso para um repórter político.
E, apontando os dotes artísticos de Cazé, também músico, queria que seu nome fosse grafado como Cyro Campos.
Cazé bateu pé e não aceitou a mudança do nome sugerido insistentemente por Pompílio Santos.
O jornalista Francisco Leal, editor-chefe do jornal O DIA, saiu em socorro do colega e, para livrá-lo desse aperreio, adotou o nome Raimundo Cazé para assinar os seus textos.
Grande Cazé! Grandes saudades!