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Celso Barros entra na casa dos 100

Celso Barros em sua terra natal, entre o acadêmico Fonseca Neto e o autor, em 2019. Ao fundo, a sede da Academia de Letras, História e Ecologia de Pastos Bons/ Foto: Regina Tavares

O jurista Celso Barros Coelho, ícone da inteligência brasileira, faz hoje 99 anos. Ou, como ele mesmo gosta de dizer, entra na casa dos 100 anos. E o mais importante: lúcido e ativo.

Quando ele completou 90 anos, escrevi esta crônica:

“(…) A história de Celso Barros é conhecida e reconhecida: ele nasceu em Pastos Bons, no Maranhão, em 11 de maio de 1922.

Filho de Francisco Coelho de Sousa e Alcina Barros Coelho. Criou-se às margens do rio Parnaíba, entre Benedito Leite e Uruçuí. Foi seminarista, em Teresina.

Ainda jovem, descobriu a vocação para o magistério. Bacharelou-se pela Faculdade de Direito do Piauí em 1953.

Não há, ainda, um consenso se ele brilha mais como tribuno ou escrevendo.

Idealista, militou na política. Elegeu-se deputado estadual e foi injustamente cassado pelo regime militar de 1964.

Enfrentando o arbítrio de peito aberto, elegeu-se deputado federal em 1974, pelo antigo MDB. Marcou presença no Congresso Nacional.

No pleito seguinte, a despeito de ter sido o mais votado na sua legenda, não foi eleito. Em 1983, assumiu pela segunda vez a Câmara Federal.

Nas duas legislaturas, exerceu as funções de vice-líder, atuando como relator e autor de importantes Projetos: Código Civil Brasileiro (relator do Livro V – Direito das Sucessões); Lei do Inquilinato (autor de emenda e relator de outro projeto); Lei das Execuções Penais (relator); Lei de Regulamentação do Divórcio (autor de um dos Projetos).

Por dez anos (1964 a 1974), exerceu a Presidência da Ordem dos Advogados do Brasil, Secção do Piauí.

Presidiu também a Academia Piauiense de Letras, entre 1998 e 2000. Fundou e preside a Academia de Letras, História e Ecologia da Região Integrada de Pastos Bons.

O Dr. Celso Barros não precisa desse singelo registro sobre o seu aniversário, mas eu precisava fazê-lo, para exaltar o seu humanismo, a sua inteligência privilegiada e o seu espírito jovial e sua envergadura ética.

E também para reiterar-lhe minha admiração pessoal por esse maranhense-piauiense que sempre soube engrandecer e honrar o magistério, o Direito, a política, as letras e a cidadania”.

Parabéns, mestre Celso!

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