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Da “Primavera Silenciosa” à COP 30 – Parte 2 (Final)

Diversidade agrícola: tomate em estufa na região serrana do Rio de Janeiro e Vanilla pompona (acima), espécie nativa de baunilha, em Brasília, DF; abelha com chip de rastreamento em Belém, PA; criação de boi em floresta em São Carlos, SP; cultivo de maçãs Gala em Bento Gonçalves, RS /Imagens: Embrapa | Léo Ramos Chaves / Revista Pesquisa FAPESP | Sergio Dutti.

A Revolução Verde

Houve uma mudança de paradigma no meio do caminho: a Revolução Verde, baseada no desenvolvimento de técnicas modernas para o aumento da produtividade dos campos.

Ela começou na década de 1970 e introduziu variedades selecionadas de plantas, irrigação e da química (com nitrogênio, fósforo e potássio adubando o solo) que fizeram a produtividade das lavouras se multiplicar.

As pesquisas nessa área levaram à produção da semente geneticamente modificada.  

A incorporação de novas tecnologias à produção agrícola, iniciada no México e nos Estados Unidos, significou o ponto de virada.

Houve o aumento explosivo também na produção de animais, sendo possível multiplicar a oferta de alimentos para a população mundial em larga escala.

Tudo isso arrastou por terra as profecias catastróficas que apregoavam um cenário de fome e miséria por falta de alimentos.

Conferência de Estocolmo

A Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, mais conhecida como Conferência de Estocolmo, realizada em 1972, marcou uma etapa importante para a pauta ambiental em âmbito planetário.

Foi o primeiro evento a discutir as questões ambientais como um problema global, com foco nos impactos da industrialização no meio ambiente.

A conclusão dos líderes e representantes dos 113 países reunidos no conclave foi a de que o modelo de desenvolvimento posto em prática no mundo moderno é insustentável.

O conclave chegou ao fim com duas posições antagônicas: de um lado, os países desenvolvidos querem barrar a destruição ambiental; do outro, os países em desenvolvimento avaliam que barrar o processo de agressões ambientais é impedir o desenvolvimento dos pobres.

A Conferência abriu caminho para a discussão sobre o desenvolvimento sustentável e a consciência ecológica.

Da ECO-92 à COP 30

Outros eventos de proporção mundial foram realizados em torno do tema, como a ECO-92, Conferência realizada no Brasil, com a participação de 179 países.

O evento resultou na Agenda-21, conjunto de metas e estratégias definidas pelos países participantes para promover o desenvolvimento sustentável do planeta.

Após a ECO-92 foram realizadas no Brasil outras conferências ambientais mundiais, como a Rio+10 e a Rio+20.

A 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025, também chamada de COP30, se realiza pela primeira vez na Amazônia. Belém sedia o evento mundial em novembro de 2025.

Em linhas gerais, essas obras e esses eventos deflagraram no mundo um continuado e necessário processo de tomada de consciência sobre os passos da humanidade, as mudanças climáticas e o destino do planeta.

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(*) Publicado originalmente na Revista da Academia Paraense de Letras, edição especial, lançada em agosto de 2024, em Belém, durante o II Congresso Nacional das Academias Estaduais de Letras.

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