O FOQUINHA 20 –  A musa do “Céu da Boca”

(Publicado em 14/12/2025)

Ainda engatinhando na reportagem, me escalaram para cobrir a visita do grupo Céu da Boca à FM “O DIA”, recém-inaugurada.

Quando cheguei ao jornal, o coronel Octávio Miranda, seu diretor-presidente, além de modernizar seu diário, transformando-o no maior do Piauí, havia instalado a Gráfica e Editora Júnior, a maior e melhor da região.

E planejava montar uma estação de TV e outra de rádio FM.

Ele conseguiu instalar a primeira rádio de Frequência Modulada do Piauí, inaugurada em 1981, mas a televisão ficou apenas no sonho.

Show

Bem, o Céu da Boca, era um grupo vocal descolado, irreverente, afinadíssimo, com um repertório do melhor da MPB.

Fazia muito sucesso à época, juntamente com as bandas Boca Livre, 14 Bis outras. E estava em Teresina para um show de lançamento de seu novo disco.

A LP de 1981 trazia estas faixas: 1 Uva de caminhão (Assis Valente); 2 Bumba meu boi da Boa Hora (Zé Rocha); 3 Luciana (Alberto Rosenblit, Luiz Fernando Gonçalves); 4 Melancolia (Luiz Eça); 5 Araguaia (João Fernando Vianna, Dalmo Medeiros); 6 Odeon (Ernesto Nazareth); 7 Davilicença (Armandinho, Moraes Moreira); 8 Clarissa (Paulinho Pauleira): 9 Trindade (Dalmo Medeiros); 10 Sabiá, coração de uma viola (Ayrton Escobar); 11 Arado (Dalmo Medeiros) e 12 Injuriado (Eduardo Dusek).

A formação

O Céu da Boca era formado por Paula Morelenbaum, Maucha Adnet, Marcia Ruiz, Verônica Sabino, Rosa Lobo, Paulo Malagutti, Paulo Brandão, Chico Adnet, Ronald Valle e Dalmo Medeiros.

Essa turma toda (ou quase toda) estava nos estúdios da rádio, mas só tive olhos para uma pessoa: a cantora Rosa Lobo (vim a saber na ocasião que era piauiense, filha do deputado estadual João Lobo, que se elegeria senador em 1982).

Foi muita maldade de quem pautou um foquinha de menos de 20 anos de amor para entrevistar a moça mais bonita que seus olhos tinham visto até ali – em carne, osso, canto, encanto e meiguice!

Ouça uma das faixas do disco do Céu da Boca gravado em 1981: