
O FOQUINHA 7 – O poder local declara guerra ao grupo de jovens
14 de setembro de 2025
O FOQUINHA 9 – Padre na mira do prefeito
28 de setembro de 2025O FOQUINHA 8 – Time é proibido de jogar no estádio municipal

Jornal "O Águia" era redigido em uma máquina como esta/Imagem: Reprodução.
Em Água Branca, o nosso grupo de jovens contava com aproximadamente 100 integrantes, como já adiantei.
Eles se dividiam em diversos setores, conforme a inclinação de cada jovem.
Eu estava no grupo que cuidava do jornal e da organização do grupo.
Outros preferiam a turma da música. Havia também os que se interessavam pelo teatro.
Já outros preferiam o futebol e jogavam no Guarani Esporte Clube, que tinha uma grande torcida e rivalizava com a JEC (Juventude Esporte Clube), o principal time da cidade.
Finalmente, uma parte se dedicava aos serviços de assistência social, promovendo campanhas de donativos para distribuir com crianças e famílias carentes.
Baque
Uns prestigiavam as atividades dos outros e todos estavam unidos em torno de um objetivo comum: a orientação religiosa.
Nossa missa na Igreja Matriz de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro era a do segundo domingo de cada mês.
O padre João Batista Gougeon, vigário da paróquia, nos dava plena liberdade para escolher os cânticos. E o padre Zezinho liderava nossas preferências.
O grupo sofreu um baque quando o prefeito, em represália à linha editorial de nosso jornalzinho, adotou várias medidas para nos intimidar.
Uma delas foi a de proibir que o Guarani jogasse no estádio local.
Tivemos que enfrentar este e muitos outros desafios para o grupo não se esfacelar.