No Dia D, o Brasil não escolhe o melhor
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6 de novembro de 2022O governador eleito Rafael Fonteles sinalizou, no anúncio dos primeiros secretários, que dará uma nova rota política ao governo a partir de janeiro de 2023.
O que vem sendo dito nos bastidores é que ele não abre mão de escolher nomes de sua cota pessoal para as pastas com funções essencialmente técnicas.
O secretário de Fazenda, Antônio Luiz Soares Santos, encabeçou a lista. A seguir, mais dois nomes alinhados diretamente ao governador eleito foram anunciados: Chico Lucas (Segurança) e Washington Bonfim (Planejamento).
E hoje mais um nome desta linhagem foi confirmado, o da governadora Regina Sousa, na Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos.
Rafael Fonteles também já avisou que, dos atuais ocupantes de cargos do primeiro e segundo escalões, ninguém fica na cadeira.
“Porteira fechada”
Com essa guinada, o petista desenha para seu mandato um governo que foge ao loteamento de cargos, uma regra da política estadual que vem sendo praticada no Estado desde que o PT ainda era oposição.
Ou seja, está ficando para trás o tempo da “porteira fechada”, com o político mandando e desmandando em tudo na secretaria ou no órgão que lhe coube na partilha dos cargos.
O desmonte desses esquemas é algo alvissareiro para a gestão pública.
A tarefa não será fácil, pois o uso de órgãos públicos como feudos políticos é uma prática que está enraizada na cultura política estadual, com a expressiva colaboração do PT.
Liberdade para governar
Mas Rafael tem pano pras mangas para bancar a mudança. Começa pela sua espetacular vitória nas urnas.
Ele ganhou agora um reforço especial e complementar com a eleição do ex-presidente Lula para dar sustentação ao seu governo.
Portanto, o gesto de Rafael Fonteles deve ser recebido como um passo positivo e importante.
É bom para ele, pois o governador recupera a liberdade para governar, mas é bom, sobretudo, para o Piauí, que há muito precisa restaurar o modelo minimamente aceitável de governo com cara de governo.
1 Comment
Esperamos sinceramente que o Governo de Rafael Fonteles seja profícuo para o Piauí e que recupere o prejuízo deixado para os servidores públicos com inflação acumulada não reposta ao longo dos anos que, fechado o ano de 2022, deve superar os 30%.
Apenas esta ação já seria notável!